Uma news nada comum 16#: o dia em que finalmente me reconheci no todo
E isso foi apenas aos 36 anos
Japoneses se atraem. Se você convive com algum descendente de japoneses provavelmente já presenciou ou zombou dessa realidade: nós nos agrupamos.
Eu mesmo, resisti conscientemente ao magnetismo nipônico durante minha infância e adolescência para em 2006, ao entrar na faculdade, acabar em uma república de (e para) japoneses.
E mesmo considerando aquela como minha segunda casa e seus moradores como uma família, só entendi o porquê da criação dessas redes às vésperas da virada de ano de 2025 ao chegar no Sudeste Asiático.
Ao chegarmos em Singapura tudo era diferente e ao mesmo tempo familiar.
Os templos budistas, os restaurantes com seus noodles, hashis em todas as mesas, as lanternas, o formato dos olhos dos locais, a alga, o tofu e o broto de bambu nas prateleiras dos supermercados, cheiros, cores e sabores novos, mas conhecidos.
De lá passamos por Malásia, Tailândia e chegamos ao Vietnã. Em todos países as pessoas sabem que sou um estrangeiro, mas não é que eles também sabem que sou descendente de japoneses!?
Não, não sou só mais um asiático. Meus traços dizem qual minha ascendência e enfim percebi o peso daquela famosa fala: “asiático é tudo igual”.
É algo que acaba nos reduzindo à uma identidade única: a do asiático nerd que é aquele seu amigo pra que você pedia ajuda com computadores ou coisas tecnológicas.
Hoje a cultura asiática está em alta, mas durante minha infância e adolescência, períodos em que a insegurança morava em mim, comer peixe cru era símbolo de um povo exótico e algo que gerava nojo.
E nossa cultura, música, culinária, forma de nos portarmos, eram sinônimo de piada (ou ainda são? Me deparei esses dias com esse vídeo do Domingão com Huck que foi revelador de como ainda somos alvos fáceis e quase óbvios, ainda mais por parecermos inofensivos devido à pouca agressividade).
Mas viajando por aqui, enfim, me senti “apenas” mais um de uma forma positiva.
Não em um sentido que diminui, mas sim que expande.
Ser igual é ser do vendedor de sorvetes ao rosto nos outdoors. Sou o ator, o cantor, o político e também a faxineira, o garçom e o motorista de ônibus.
Sou possibilidade.
Sinto enfim, orgulho de ser nipo-brasileiro.
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